Os incêndios em edifícios históricos ou patrimônios arquitetônicos é um verdadeiro baque na cidade, estado e até no restante do globo.
Afinal, isso provoca a destruição de parte daquela identidade, de itens incríveis e, muitas vezes, insubstituíveis.
Justamente por isso, cresce a necessidade e entender como as soluções de combate a incêndios podem ser adaptadas para esses espaços. Já que, muitas vezes, há deficiências na estrutura.
Além disso, prédios antigos possuem características bastante especificas, que não podem ser alteradas ou que, qualquer mudança, precisa ser planejada por anos.
Neste cenário, é importante conhecer uma forma eficaz de começar essa ação e os cuidados que devem ser tomados em cada etapa. Confira!
Chamas que não se apagam: porque os prédios antigos queimam
Primeiramente, especialistas destacam que os cinco primeiros minutos, a partir do início do fogo, são os mais importantes. Em suma, é neste período que a chance de controle é mais eficaz.
Então, lembre-se, o foco requer três fatores: oxigênio, combustível e uma fonte de ignição. Logo, se qualquer uma dessas coisas se extingue, o foco acaba.
Por isso, ao jogar espuma em um foco de incêndio, é criada uma película que impede a combustão e troca gasosa. O mesmo acontece se você tampar a chama de uma vela com um copo, ocorre um bloqueio que impede a entrada de oxigênio.
Quando iniciado, o fogo precisa de combustível para continuar se espalhando, consumindo aquilo que encontra. Nos primeiros minutos, é mais fácil evitar a expansão, atingindo o foco.
Porém, quanto maior o tempo, mais o foco cresce/se espalha, dificultando o controle. Frequentemente, isso acontece pela presença de um dos 3 fatores. Mas existem outros que podem contribuir, como o vento, materiais que queimam com facilidade, etc.
Por que os prédios antigos queimam tão rapidamente?
Ao começar a acompanhar notícias sobre edifícios históricos ou patrimônios arquitetônicos, rapidamente se nota um problema: os riscos.
Esse tipo de construção costuma apresentar diversos problemas. Como rachaduras, pedaços de tetos que caem, esculturas que não se fixam bem e risco de incêndios.
Isso acontece porque esses prédios são mais vulneráveis. Afinal, quando foram construídos, existiam poucas normas de segurança e, nem sempre as que existiam eram seguidas.
Como resultado, foram erguidos e ocupados de maneira indevida, os materiais usados não eram dos melhores e, por serem históricos, não podem ser alterados.
Na prática, isso significa que as reformas são restritas e pontuais, para manter o original. Isso sem falar no material usado na construção, muitas vezes (altamente) inflamável ou de fácil destruição.
Cabe destacar que esses locais também possuem limitações nas estruturas, falhas elétricas, falta de manutenção adequada e mais. Tudo contribui com os riscos de acidentes e incêndios.
Em simultâneo, muitas questões de segurança foram revistas após o incêndio do Joelma em 1974. A gravidade impulsionou a criação de normas de segurança, como técnicas de prevenção e criação de rotas de fuga.
Soluções de combate a incêndios em edifícios históricos ou patrimônios arquitetônicos
Diante de todos os empecilhos e belezas dessas construções, fica a dúvida de como proteger os patrimônios, sem o comprometimento da estética ou estrutura.
Assim, a primeira solução é fazer as reformas possíveis na estrutura. Tanto para fortalecer, trocar fiação estragada ou mudar o que for possível.
Existem algumas normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros que devem ser feitas, principalmente na rede elétrica.
Ao mesmo tempo, é possível acrescentar sistemas de detecção de fogo e fumaça em pontos estratégicos. Dessa maneira, a brigada por agir rapidamente para eliminar os focos de incêndio.
Mas, um dos pontos mais importantes é a abertura ou adaptação de rotas de fuga, principalmente com troca de portas ou criação de saídas de emergência.
Isso porque, mesmo que o local não tenha toda a estrutura e não possa ser “salvo” imediatamente, quem está dentro do lugar consegue sair, reduzindo a perda de vidas.
Além disso, pensando em todas as perdas, pode ser viável a instalação de sprinklers que, mesmo danificando uma área, combate a expansão do incêndio. Em outras palavras, evita que o fogo se espalhe para outras áreas do prédio.
Considerando um estudo publicado no Repositório Jesuíta, que fala das perdas e reformas pós incêndio, prevenção é a melhor alternativa.
Portanto, além do que foi citado, é indispensável a inserção de equipamentos capazes de proteger e auxiliar no combate ao fogo. Como extintores, mangueiras e hidrantes.
Mas, não basta instalar esses equipamentos de soluções de combate a incêndios e não ter pessoas preparadas para atuar em situações emergenciais. Logo, esses prédios devem ter uma brigada de atuação rápida.
Salas de equipamentos
Uma medida inteligente adotada por muitos edifícios históricos ou patrimônios arquitetônicos pensando nas soluções de combate a incêndios são as salas de equipamentos.
Em síntese, uma sala do prédio ou do lado de fora, mas estritamente próxima, é usada como acervo.
Neste espaço, são colocados equipamentos que podem ser acessados imediatamente, com produtos que são deslocados sem desafios. Com isso, em qualquer caso de incêndio, equipamentos extras podem ser pegos e usados.
Ao mesmo tempo, a recomendação é espalhar equipamentos de uso prático pelo prédio, sempre em pontos estratégicos, com placas de sinalização.
Em alguns edifícios, há produtos que ficam em locais longe dos olhos do público, sem comprometer a estética. Independentemente disso, os avisos de localização devem ser claros e diretos.
Dessa forma, se quaisquer incêndios forem iniciados, esses equipamentos podem ser pegos e usados em questão de minutos por qualquer um capacitado que esteja ali.
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